No dia 24 de março, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. A data tem a finalidade de conscientizar as pessoas sobre a gravidade da doença, as consequências devastadoras à saúde, e intensificar as ações para eliminação. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça que, apesar de ser uma das doenças infecciosas mais antigas da história da humanidade, a tuberculose é um sério problema de saúde pública.

A CNM alerta que, para alcançar a meta adotada pelo governo brasileiro de eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030, é necessário que os Municípios recebam recursos financeiros sustentáveis e suporte técnico para esclarecimentos de dúvidas com qualidade, ambos oriundos da União. 

Além disso, a CNM entende que é necessário que o governo priorize investimentos na estrutura de saúde destinados especificamente ao combate à tuberculose, isso possibilitará aos Municípios promoverem as articulações intersetoriais necessárias para lidar com esse agravo.   

A doença
A Tuberculose é causada por uma bactéria que acomete os pulmões, na maioria das vezes. A transmissão ocorre por meio das vias aéreas, a partir da inalação de aerossóis de pessoas com a doença ativa, ao falar, espirrar ou tossir, eliminando bacilos que virão a infectar outras pessoas que estejam no mesmo local.

A Organização das Nações Unidas (ONU), Agenda 2030, em seu ODS 3, meta 3.3, prevê “até 2030 acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis”. A tuberculose continua a ser uma ameaça global à saúde, com cerca de 10 milhões de novos casos por ano.

Um dos principais desafios no combate à tuberculose é a sua natureza altamente contagiosa e a capacidade da bactéria de se tornar resistente aos medicamentos. Isso torna o tratamento mais difícil e prolongado, aumentando os custos e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

Não é apenas uma questão de saúde, mas também uma questão social e econômica. Afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis, incluindo pessoas em situação de pobreza, aqueles que vivem com HIV/AIDS, pessoas sem acesso adequado aos cuidados de saúde e aqueles que sofrem com condições de vida precárias.

Em 2022, a tuberculose  foi a segunda principal causa de morte por um único agente infeccioso no Brasil, superada apenas pela Covid-19. Mais de 80 mil pessoas continuam a adoecer por esta doença todos os anos no país.

Foto: divulgação
Da Agência CNM de Notícias