Novos testes de Covid representam avanço tecnológico, afirma ministro
N ovas tecnologias para a detecção da Covid-19 foram o centro do debate realizado nesta terça (27) pelo MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e transmitido ao vivo pelo canal no YouTube do Ministério. O assunto do Bate-Papo Ciência e Tecnologia no Dia a Dia foi: a inteligência artificial e biossensores no diagnóstico da Covid-19. O MCTI tem investido desde o início da pandemia em pesquisas relacionadas com enfrentamento da doença com a produção de vacinas nacionais e também com a criação de testes que são mais baratos e menos invasivos.
O ministro, astronauta Marcos Pontes, destacou a relação entre a tecnologia e a saúde. “Esse assunto de inteligência artificial, mesclado com a Covid-19 e biossensores, sem dúvida nenhuma representa um avanço bastante grande nas técnicas e tecnologias utilizadas”.
Estiveram no bate-papo especialistas em medicina e em tecnologia que apresentaram o que há de mais moderno para o diagnóstico da Covid-19 no país. O professor de medicina Thúlio Marquez Cunha, que é pneumologista, falou sobre a plataforma FTIR, que utiliza raios infravermelhos para detectar em uma pequena amostra de saliva a presença do coronavírus. De acordo com Thúlio, o resultado do teste sai em no máximo dois minutos.
O professor Robinson Sabino, que também participou da pesquisa, afirmou que o teste elimina o uso de reagentes, o que permite um preço menor em comparação ao RT-PCR, teste mais indicado hoje para a detecção do vírus. Outra diferença apontada pelo pesquisador é que o novo teste é menos invasivo que o RT-PCR, que coleta amostra por meio de uma haste dentro da narina do paciente.
Outro teste debatido no encontro foi o que utiliza um chip que conectado a um celular pode dar o diagnóstico em 15 segundos. O projeto foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI. A tecnologista sênior do CTI, Talita Mazon, atua há mais de sete anos na área de biossensores. A especialista explicou como funciona o dispositivo. “Nosso teste é baseado em três partes. Uma base sensora onde eu pingo a saliva que é conectada em um aparelho e esse aparelho é conectado ao celular. Ao final eu tenho como fazer um teste em casa, rápido e apenas com a coleta de uma gota de saliva”.
RedeVírus MCTI
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, que é médico, lembrou que mesmo antes de ser declarada oficialmente a pandemia, a pasta já se movimentava para o enfrentamento da doença. “Em fevereiro de 2020 nós reunimos especialistas e eles nos deram todas direções que a gente teria que seguir em relação ao enfrentamento da possível pandemia que se aproximava. Eles montaram uma estratégia que a gente agia em várias ações. Por exemplo, criamos uma rede de diagnósticos. Essa rede desenvolveu pela Rede Vírus desde fevereiro de 2020, teste diagnósticos rápidos, sorológicos, as enzimas que são utilizadas do RT-PCR que são produzidas no próprio país”, destacou Morales. O ministro Marcos Pontes, complementou. “Eu tenho muito orgulho em dizer que o MCTI, nós trabalhamos baseados nas diretrizes desse grupo de cientistas, da Rede Vírus MCTI que tem mostrado uma extrema precisão no direcionamento de todas essas tecnologias”.
Recursos para pesquisa
Ao final do bate-papo, o ministro, astronauta Marcos Pontes, anunciou que o Ministério da Economia liberou o montante de R$ 706 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O recurso, não reembolsável, servirá para financiar pesquisas voltadas para o enfrentamento da pandemia, como a produção de vacinas nacionais. A liberação ainda será analisada pelo Congresso Nacional em caráter de urgência.
Categoria
Ciência e Tecnologia
Tags: SAÚDECOVID-19REDEVÍRUS MCTI
Por: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
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