Operação desarticula grupo criminoso que praticou ao menos 20 roubos de mais de 1.200 celulares
Uma organização criminosa que atuou em mais de 20 roubos praticados com violência, com foco na subtração de aparelhos celulares de lojas de eletrodomésticos na capital, foi desarticulada após meses de investigações realizadas pela Polícia Civil de Mato Grosso, em atuação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf).
O grupo criminoso, gerenciado por pessoas presas no Sistema Penitenciário estadual, causou um prejuízo estimado em mais de R$ 1 milhão de reais aos estabelecimentos comerciais com o roubo de 1.200 aparelhos celulares.
A Operação Distrust (desconfiança em inglês) foi deflagrada nesta quarta-feira (17) para cumprir 19 ordens judiciais de busca e apreensão e mais 10 de prisões.
Em coletiva à imprensa, o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Resende, reforçou que esta é a primeira, de diversas operações da instituição para 2021, com atuação focada no combate às ações do crime organizado. “Seguimos também com esse foco as diretrizes da Secretaria de Segurança Pública que, certamente, culminarão com a redução de índices de criminalidade e trarão bons resultados à sociedade”.
Roubos para manter o grupo
As investigações começaram em março do ano passado e chegaram aos integrantes da quadrilha que agia com funções bem definidas na articulação, gerência, execução dos roubos e posteriormente, revenda dos produtos a terceiros com a finalidade de arrecadar recursos destinados às ações da quadrilha.
O delegado titular da Derf de Cuiabá, Guilherme de Carvalho Bertoli, agradeceu o apoio do Judiciário e do Ministério Público na agilidade para expedição dos mandados, de forma que fosse possível à Polícia Civil reunir mais elementos que vão subsidiar as investigações e dar a resposta adequada às ações do grupo criminoso.
“Durante quatro meses, as equipes de investigação se debruçaram na apuração de roubos ocorridos a lojas de revenda de eletrodomésticos durante o ano passado e chegara à identificação dos criminosos que se uniram de forma permanente com a finalidade de praticar os crimes majorado, especialmente nas lojas que revendem aparelhos celulares. Com essa operação quebramos também o estigma de impunidade, pois damos uma resposta estatal ao que vinha sendo praticado pela organização criminosa”, argumentou o delegado.
Do total de mandados, seis deles (quatro prisões e duas buscas) foram cumpridos na Penitenciária Central do Estado, na capital. Todos os alvos da operação já possuem passagens criminais anteriores.
O delegado Henrique Trevizan, que também integra a equipe de investigação dos roubos majorados, explicou que a operação pode ter desdobramentos, a partir da análise do material coletado nas buscas e apreensões. “A investigação foi concentrada no modo de agir da organização criminosa, dedicando a apuração ao combate qualificado do grupo que fomenta e gerencia esse tipo de crime. Dessa forma, conseguimos resultados mais eficientes para combater esse tipo de autuação criminosa”, pontuou Trevizan.
A investigação apurou ainda que os aparelhos roubados foram colocados novamente à revenda para angariar recursos para a organização. O delegado explicou ainda que os 20 roubos apurados nessa investigação podem ter conexão com outros delitos semelhantes. “É um número que pode aumentar diante das apurações que ainda estão em andamento, que podem ter um reflexo em outros inúmeros roubos ocorridos na região, com esse mesmo modus operandi, usando de grave violência para subtrair tablets e celulares”.
Dos roubos apurados pela Derf de Cuiabá, a maior parte deles teve como alvos unidades de uma rede estadual de eletrodomésticos. Uma das unidades chegou a registrar sete roubos. “As próximas investigações serão focadas nos receptadores dos produtos, pois o principal fluxo dos criminosos era para revendedores da praça mesmo”, acrescentou o delegado Henrique Trevizan.
No decorrer das investigações desde o ano passado, a Derf Cuiabá realizou a prisão de outros 22 integrantes da associação criminosa.
Efetivo empregado
No cumprimento das ordens judiciais da Operação Distrust, a Polícia Civil empregou um efetivo de mais de 100 policiais, entre investigadores e escrivães, e 14 delegados da Derf Cuiabá e demais unidades das Regionais de Cuiabá e de Várzea Grande, além da Gerência de Operações Especiais (GOE). A operação contou também com apoio das Diretorias Metropolitana e de Inteligência da Polícia Civil, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Serviço de Operações Especializadas do Sistema Penitenciário. Foram empregadas na ação policial 22 viaturas, drones e aeronaves.
Por: Governo do Estado do Mato Grosso
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