Trabalhos em rede referentes às políticas sobre drogas são discutidos entre governo estadual e prefe
Medidas para reduzir o impasse na execução de ações referentes aos programas destinados ao auxílio aos dependentes químicos em São Paulo devem ser colocadas em prática por meio de parcerias entre o governo estadual e a prefeitura paulistana. Os dois entes federados iniciaram um trabalho para criar um comitê gestor que visa a troca de informações e estratégias sobre suas ações.
A intenção é facilitar o trabalho para além da convivência dos técnicos na cena de uso conhecida como Cracolândia. O secretário municipal da Segurança Urbana da prefeitura de São Paulo, Benedito Domingos Mariano, adiantou que o processo está praticamente em implantação. Com isso, a iniciativa conjunta deve diminuir os entraves na execução de iniciativas.
Um dos impedimentos apontados foi a ausência de comunicação mútua das administrações estadual e municipal. A falta de conversação entre os entes pode levar a situações como um usuário de crack ser atendido por um programa e isso não informado a quem está promovendo outra ação com a mesma finalidade. Com a interação diária, essa situação fica mais difícil de ocorrer em razão da troca de experiências entre os técnicos, mesmo que não seja de forma oficial.
Programas
A busca por alternativas que possam promover a interação no atendimento aos dependentes químicos tem sido um desafio para os Entes federados. Entretanto, ações já existentes são precursoras em ações conjuntas que já apresentaram resultados.
Uma delas foi a criação do programa De Braços Abertos, em 2014, que prevê a redução de danos. Nele, o dependente químico é incentivado a diminuir o uso de drogas sem a necessidade de internação. A ação tem como motivação a oferta de emprego e renda. Outra ação de assistência aos usuários de drogas concomitante é o programa conhecido como O Recomeço. Instituído em 2013, ele foca tratamentos que incluem instituições como hospitais e comunidades terapêuticas.
A parceria entre as esferas municipal e governamental começou em 2013 por meio da assinatura de um termo de cooperação. Como resultado, dois anos após o início do De Braços Abertos, foi definida a criação de comitê composto de seis representantes de cada ente. Uma das vantagens para que as ações fossem efetivas foi justamente a troca de informações, pois um usuário do programa De Braços Abertos pode ter passado pelo Recomeço.
A pastora Nildes Nery trabalha há uma década com usuários de drogas. Ela afirma que na prática, os dois programas já estão agindo em rede. "Na rua não existe essa coisa política. As pessoas acabam indo para as duas tendas [do Recomeço e do De Braços Abertos]", explicou.
Para Luciana Temer, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, a criação do comitê facilita situações práticas. "Pode ocorrer uma abordagem de um técnico da prefeitura e o usuário preferir ir para uma clínica, ser internado. Por isso, é importante que essa relação seja institucionalizada", informou.
Por: Confederação Nacional de Municipios
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